Programa do XVI Governo Constitucional

Realização: Blogue de Ourém

sábado, julho 24, 2004

 

6. Florestas


O Governo atribui ao sector florestal português uma prioridade política fundamental. A floresta constitui um dos mais valiosos recursos naturais que Portugal possui, sendo decisivo prosseguir e aprofundar a estratégia delineada com vista à sua preservação, desenvolvimento e gestão florestal sustentável.
A floresta possui uma diversidade de funções que importa valorizar, desde a sua componente de fileira económica, passando pelo seu contributo para a conservação da natureza e para o equilíbrio do ambiente em matéria de promoção da biodiversidade, de defesa contra a erosão, de correcção dos regimes hídricos e de qualidade do ar e da água.
A relação da sociedade portuguesa para com a floresta alterou-se dramaticamente com os incêndios florestais de 2003, gerando um consenso nacional quanto à necessidade de uma aposta clara em políticas públicas coerentes de gestão da floresta e de ordenamento do território.
Assim, o Governo está empenhado em continuar a reforma do sector florestal (RESF), na prossecução, entre outros, dos seguintes objectivos: - imprimir coerência intersectorial, garantindo a conservação dos recursos;
- promover o ordenamento dos espaços florestais e a sua gestão sustentável, implementando os instrumentos de ordenamento e gestão florestal, designadamente os Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF), as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) e os Planos de Gestão Florestal (PGF); - consolidar o sistema de prevenção, detecção e primeira intervenção na defesa da floresta contra incêndios, com a participação activa das organizações do sector e das autarquias;
- aumentar a eficiência dos recursos disponíveis, promovendo a avaliação dos resultados do investimento público no sector;
- aproximar os serviços das populações e partilhar responsabilidades com as organizações do sector;
- garantir o envolvimento activo dos cidadãos na defesa dos espaços florestais;
- consolidar o novo modelo institucional para o sector.

posted by Lobo Sentado  # 7:26 da tarde
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O secretário de Estado das Florestas, Luís Pinheiro, admitiu hoje que a Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais não tem condições para trabalhar por falta de recursos financeiros e humanos, mas que já era esperado.



Luís Pinheiro disse à agência Lusa que quando a Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais foi anunciada em Outubro de 2003 já era de prever que não estivesse em pleno funcionamento durante a época de incêndios deste ano.

O Correio da Manhã noticia hoje que a Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais só foi criada a 21 de Abril e a primeira reunião do organismo realizou-se a 30 de Junho.

O secretário de Estado das Florestas adiantou que quando tomou posse como director-geral da Agência, antes de assumir as novas funções governativas, já estava lançado o Orçamento de Estado de 2004 pelo que não foi possível dotar o organismo de recursos.

"Não era expectável que a Agência funcionasse antes do período de incêndios" disse Luís Pinheiro, dado que há sempre um processo burocrático demorado quando é criado um organismo.

Luís Pinheiro lembra contudo que não compete à Agência ter "acções de execução na prevenção de incêndios", dado que é um órgão de coordenação destinado a concertar estratégias.

O secretário de Estado referiu que enquanto director-geral da Agência elaborou um orçamento para o funcionamento deste organismo, que está em apreciação no ministério das Finanças.

Reconheceu igualmente que também as alterações no Governo motivaram atrasos neste processo.

A Agência reúne além da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), a Direcção Geral dos Recursos Florestais, as Forças Armadas, a GNR, Instituto de Meteorologia e Instituto de Conservação da Natureza.

Na única reunião das entidades que compõem a Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais, Luís Pinheiro destinou à Direcção Geral dos Recursos Florestais o papel da Agência enquanto esta não tivesse todas as condições para trabalhar.

Apesar dos condicionalismos, referiu Luís Pinheiro, a Agência assinou um protocolo com a ANMP no valor de cinco milhões de euros para a criação de gabinetes técnicos municipais de prevenção de incêndios num grande número de autarquias.

O objectivo da Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais é a criação de um Plano nacional de Prevenção que congregue todas as iniciativas de prevenção de incêndios a nível nacional.

A Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais vai ficar sedeada em Miranda do Corvo, distrito de Coimbra, adiantou o secretário de Estado, acrescentando que está à procura de um novo director-geral para o organismo.
 
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